7 de setembro de 2011

instalação sonora


[desenho sonoro: Joana Bergman / imagens e edição: Tatiana Altberg]

5 de setembro de 2011

Azulzim, um banquinho e um violão


Canção do nosso querido amigo Julio Dain feita a partir do livro para a instalação sonora!

4 de setembro de 2011

azul celeste, azul marinho

























Alguns dias antes do lançamento de Azulzim, encontrei um amigo na rua, acompanhado do filho de seis anos. Ao ouvir o pai perguntar onde seria o lançamento, o Felipe, que tinha cerca de dois anos quando lançamos a fada inflada, disse: “O outro foi no parquinho”. Senti uma alegria incomum ao perceber que a imagem da fada desaparecendo na imensidão do céu sobre a Praça Pio XI ficara registrada na memória do menino, bem menino ainda. Não sei se foi essa a imagem que ele guardara. Talvez nem fosse imagem, apenas uma sensação, aquele dom difuso da memória: resquícios de luz filtrada pelas copas das árvores, bolhas de sabão, melancia vermelho vivo. Gosto de imaginar a memória dele, a partir da minha, que então vira outra, caleidoscópica e contínua. Depois dessa tarde na praça, vimos que lançamento só teria cara de lançamento se o livro fosse também uma experiência que transbordasse da página. Brincamos a sério fazendo o livro, brincamos de novo criando suas variações. Para ver Azulzim nascer, a gente montou uma instalação, um ambiente marítimo revestido de colchões. Sobre as paredes azuis foram projetadas sombras de peixes e de outras criaturas. As pessoas pequeníssimas, médias e grandes se reuniram ali dentro, numa tarde cheia de ventos e chuva, para ouvir trechos do livro narrados em várias línguas. Babel netuniana. Todos concentrados, unidos pelo som que foi minuciosamente composto por nossa amiga Joana. A princípio pensamos que a chuva viera para atrapalhar. Mas foi justo o contrário. A tarde virou espelho da imagem central do livro, "o céu beijou o mar", inteiramente Azulzim. Obrigada a todos que vieram mergulhar com a gente!

[fotos: Tatiana Altberg]